Alquimista por Acaso - O fim da história

Amigo leitor,

Se você baixou por download o livro 'Alquimista por Acaso', leia abaixo o emocionante final da história do jovem Paulo. Esperamos que a mesma lhe seja de bom proveito e lhe ajude a trilhar o melhor caminho rumo aos seus objetivos.

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Parte Final

 

Decidido a seguir aquela trama até o fim, adquiri uma Bíblia imediatamente após a leitura do livro e passei a analisar os textos sugeridos. Ao ler pela primeira vez aquela série de textos, percebi que os mesmos foram cuidadosamente ordenados de uma forma a responder às perguntas de quem buscasse os segredos para a descoberta do seu tesouro interior. Eu já havia lido ou escutado todas aquelas passagens bíblicas sem que as mesmas causassem qualquer impressão mais profunda em minha alma. Descobri que precisei caminhar cegamente por uma floresta e sem querer, aprender através das coisas simples da natureza, os segredos da linguagem de Deus. E assim, mais inteirado pelas lições da natureza e do livro do senhor Pacheco, de que tudo no mundo reflete uma manifestação de Deus, pude compreender mais nitidamente as grandes verdades proferidas pelo Mestre Jesus e os profetas iluminados da Bíblia.

Logo nas duas primeiras passagens sugeridas pelo livro do senhor Pacheco, estavam desveladas de forma aberta, a maneira pela qual se devia buscar o meu tesouro encantado.   Na primeira indicação bíblica, extraída do capítulo 6 do Evangelho de Mateus, estava escrito:       

“Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam”.

           

Para dar melhor entendimento, a indicação bíblica seguinte direcionava-me para o capítulo doze do Evangelho de Lucas, onde se lia: 

“Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui”.

            O texto prosseguia com uma parábola contada pelo Mestre no intuito de explicar a importância e a superioridade do tesouro espiritual com relação aos tesouros profanos:

“O campo de um homem rico produzira com abundância; e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos. Disse então: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens; e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. E disse aos seus discípulos: Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, nem quanto ao corpo, pelo que haveis de vestir. Pois a vida é mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário. Considerai os corvos, que não semeiam nem ceifam; não têm despensa nem celeiro; contudo, Deus os alimenta. Quanto mais não valeis vós do que as aves! Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? Porquanto, se não podeis fazer nem as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras? Considerai os lírios, como crescem; não trabalham, nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se, pois, Deus assim veste a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais vós, homens de pouca fé? Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não andeis preocupados. Porque a todas estas coisas os povos do mundo procuram; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas”.

O texto bíblico era finalizado com uma promessa de que quem buscasse esse reino e o encontrasse poderia conquistar qualquer coisa – e estas coisas vos serão acrescentadas – dizia a frase final. Isso; se o homem, depois de conhecer a grandeza do reino de Deus ainda se conformasse que a riqueza mundana fosse necessária.

Mas como buscar esse reino? Como encontrar o segredo da vida capaz de realizar a boa promessa? A resposta estava velada nas próximas passagens bíblicas indicadas pelo senhor Moacir. Uma delas, retirada do Evangelho de Lucas, capítulo dezessete, versículo vinte e um. Dizia:  

“O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós”.

Eu estava entendendo tudo o que aquelas passagens magníficas procuravam me mostrar. Eu não havia perdido meu tempo. O tesouro realmente existia. Havia o reino dos céus. Primeiramente a natureza, depois o livro do Sr. Pacheco e agora a Bíblia me mostravam isso. Já havia lido todas aquelas passagens, mas ainda não tinha conseguido assimilar a sua verdadeira essência porque não conhecia ainda os segredos da alquimia da alma: a ciência incomunicável. Havia descoberto o Reino de Deus onde nunca havia procurado: ele estava dentro de mim. E isso me fazia possuidor de riquezas infinitas com as quais nunca tinha me dado conta.

As riquezas de Deus eram baseadas nas coisas simples. As maiores riquezas da vida realmente eram coisas que o dinheiro não podia comprar: o amor, a alegria, a paz interior, a harmonia do corpo e da alma.

A fórmula mágica para conquistar essas riquezas estava na indicação seguinte, retirada do capítulo 7 do evangelho de Mateus, onde se lia:

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?”.

Nesse instante ousei pensar em todos os meus sonhos, todos os meus pedidos que não foram atendidos no decorrer de minha existência. Por quê?

A resposta estava no texto seguinte; cuidadosamente selecionado do quarto capítulo do livro de São Tiago. Assim está escrito:

“Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras. Nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites. Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou pensais que em vão diz a escritura: O Espírito que ele fez habitar em nós anseia por nós até o ciúme? Todavia, dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de espírito vacilante, purificai os corações. Senti as vossas misérias, lamentai e chorai; torne-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará. Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. Há um só legislador e juiz, aquele que pode salvar e destruir; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo? E agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, lá passaremos um ano, negociaremos e ganharemos. No entanto, não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece. Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”.

            Aí está magnificamente expressa a maneira exata para se buscar o que queremos. Nossa vontade deve ser o bem em todas as dimensões possíveis. Podemos buscar o bom ou o mau tesouro. Entretanto, a Bíblia sempre nos ensina a buscar o bom tesouro, como diz a passagem seguinte retirada do capítulo seis, verso quarenta e cinco do Evangelho de são Lucas:

            “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”.

            Mas como eu deveria agir para buscar o verdadeiro tesouro que consistia em cumprir a vontade de Deus bem como a realização dos meus sonhos? Aquelas passagens, aliadas aos conhecimentos adquiridos através da natureza e do tal livro do senhor Pacheco, mostravam o caminho secreto para o paraíso.

As passagens seguintes iriam revelar a força, o apoio necessário para se fazer real a manifestação do reino dos céus em nossa vida: o fantástico poder da fé. Para facilitar a compreensão das passagens bíblicas seguintes, segundo a ordem das transcrições, seguia-se um texto retirado início do capítulo onze da carta de São Paulo aos Hebreus, explicando o real sentido da palavra fé:

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Porque por ela os antigos alcançaram bom testemunho. Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê”.

            Indo além do especificado pela indicação deixada pelo senhor Pacheco no que diz respeito a esse trecho da Bíblia, notei que Paulo citou alguns casos comuns ao povo hebreu, onde os patriarcas Noé, Enoque, Abraão entre outros, se fizeram agradáveis aos olhos de Deus mediante a confirmação da sua fé. No versículo seis, o apóstolo justifica a necessidade da fé para com Deus.

 

            “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.

 

            Voltando as indicações bíblicas que eu tinha copiado do livro do senhor Pacheco, segue-se uma seqüência de passagens que faziam alusão ao poder da fé. Ei-las:

 

“Disse-lhe ele: Vem. Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus. Mas, sentindo o vento, teve medo; e, começando a submergir, clamou: Senhor, salva-me. Imediatamente estendeu Jesus a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? E logo que subiram para o barco, o vento cessou”.

Mateus 14; 29-32

 

 

“E eis que certa mulher, que havia doze anos padecia de uma hemorragia, chegou por detrás dele e tocou-lhe a orla do manto; porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar-lhe o manto, ficarei sã. Mas Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E desde aquela hora a mulher ficou sã”.

Mateus 9; 20-22

 

“E, tendo ele entrado em casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus perguntou-lhes: Credes que eu posso fazer isto? Responderam-lhe eles: Sim, Senhor. Então lhes tocou os olhos, dizendo: Seja-vos feito segundo a vossa fé. E os olhos se lhes abriram. Jesus ordenou-lhes terminantemente, dizendo: Vede que ninguém o saiba”.

Mateus 9

 

 

...em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível.

Mateus 17; 20

 

“Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria”.

Lucas 17;6

 

 

...e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.

20 Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira?  Jesus, porém, respondeu-lhes: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, isso será feito; e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis.

Mateus 21; 19-22

 

            Estas últimas indicações bíblicas centralizava-se na idéia de que o estudante da ciência incomunicável necessitaria, em primeiro lugar do fantástico poder da fé para realizar seus intentos. Segundo as palavras do próprio Jesus: tudo é possível ao que crê. Daí pode-se deduzir que tudo significa simplesmente “tudo”. E esse é o segredo perigoso que devemos aprender somente quando estivermos com a mente purificada com os ideais divinos É possível realizar tudo aquilo que quisermos verdadeiramente. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem conforme disse o apóstolo Paulo. Em muitas das passagens acima, Jesus atribui seu poder de cura à fé das pessoas. Sempre dizia: “a tua fé te salvou” ou “seja-vos feito segundo a vossa fé”.

            Mas e se eu resolvesse ainda perseguir a busca aos tesouros profanos, a partir de agora de posse de alguns segredos da ciência incomunicável. O senhor Pacheco pensara em tudo. Na última indicação estavam os conselhos necessários para saciar minhas dúvidas. Fora retirado I Tímóteo, capítulo seis, versos dezessete e dezoito. Dizia:

“Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos; que pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos, entesourando para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a verdadeira vida”.

 

A partir do momento em que vislumbrei através da ciência incomunicável, que poderia realizar os desejos do coração através do poder da fé, comecei a caminhar sobre a face da terra com muito mais confiança e consciente de que realmente fora feito à imagem e semelhança de Deus porque assim como ele, eu era capaz de realizar o que desejasse com o coração e com a alma. Descobri que a fé é um poder tremendo que qualquer pessoa pode utilizar para a realização dos seus propósitos, independente da sua religião ou crença. Pode ser utilizado tanto para edificar a espiritualidade, objetivo maior da vida humana, como para atingir objetivos puramente materiais. No entanto, aí está a diferença entre o profano e o iniciado: Quem utiliza esse imenso poder original de Deus para coisas mesquinhas ou negativas pode descer aos abismos infernais porque não a usou com sabedoria, conforme diz a inscrição velada na lápide do senhor Pacheco. Descobri que realmente existem muitos baús com as pedras preciosas do tesouro encantado. Devemos entretanto, pegar apenas o baú que nos pertence; ou seja: devemos utilizar apenas o baú dos nossos dons inatos  para evoluir material e espiritualmente, bem como para a realização de nossos ideais sublimes na vida. Há outros baús ao nosso alcance, que contém as pedras da ambição, as pedras do domínio da vontade alheia, as pedras das mudanças das leis da natureza mediante o uso indevido poder da fé entre outros. Deixemos esses baús de lado porque os mesmos nos atrairão para o lado oposto da luz, a qual fomos predestinados a perseguir. Peguemos apenas o nosso baú encantado que nos elevará para a realização de nossos ideais sublimes. Todos têm um nobre ideal na vida. Cada um possui dons que lhe são inerentes. Estes são os modos pelos quais manifesta-se a grandeza e a vontade de Deus entre os homens.

No decorrer daquelas duas semanas fui me conscientizando de que o tesouro encantado realmente existia. Não da maneira como eu esperava. Entretanto, intimamente reconhecia que o homem não havia mentido. Quis me mostrar através da exposição e estudo dos elementos da natureza a existência dos elementos sutis que regem a vida humana. Fiquei três meses buscando fora um tesouro que estava oculto dentro do meu próprio ser. Ele estava sempre ali, mas eu não o enxergava porque estava buscando apenas as coisas materiais. Estava consciente de que o homem queria me ajudar e não podia negar que realmente tudo aquilo me ajudou. E muito. Nesse período, além de ter me livrado imperceptivelmente do vício do álcool, havia conquistado uma paz interior e um sentimento de alegria íntima há muito perdidos. A natureza mostrou-me um grande tesouro oculto em meu próprio íntimo. Oculto até então porque eu não havia descoberto que tudo o que está fora é apenas um reflexo do que está dentro de mim como me ensinou o enigma transcrito na lápide do senhor Moacir. Tudo isso se confirmou quando fiz a junção do que aprendi na floresta com os ensinamentos do livro e mais e os textos bíblicos sugeridos.

            No fim dos quinze dias tinha chegado a conclusão de que finalmente havia desenterrado o tesouro aos pés de uma frondosa árvore que produzia frutos tenros e saborosos: A ÁRVORE DA VIDA. O mesmo estava encantado até então, porque não sabia ainda que verdadeiramente devia buscar esse tesouro interno, para que aqueles outros fossem acrescentados de acordo com a lei da reciprocidade. Tudo estava sempre a meu alcance, como agora; tanto a natureza quanto a alquimia da alma e a Bíblia, que consistiram nas ferramentas para cavar o tesouro enterrado no mais íntimo do meu ser. O único empecilho é que eu não havia treinado adequadamente seu manejo. Somente com a promessa de um ganho material, alcancei força e persistência para treinar meu espírito segundo regras específicas. Agora compreendo que só precisamos de treino e dedicação para lutar pela concretização de nossos sonhos. Não me sentia enganado pelo homem porque o tesouro estava ali a meu alcance. Infelizmente; como me disse o próprio senhor Moacir, o tesouro é encantado e só pode ser descoberto mediante uma busca assídua e persistente, baseada em algumas regras pré-estabelecidas. A forma de buscá-lo era incomunicável; ou seja: só pode ser compreendida por quem se dispõe a decifrar o enigma da vida. Não pode ter medo de errar. Não pode jamais desistir dos seus sonhos. Não pode se permitir a preguiça em desenvolver seus dons inatos. E deve utilizar-se das ferramentas oferecidas pela vida. As ferramentas de seu Moacir foram: a natureza e a Bíblia. As minhas seriam essas duas e outras mais que descobri em todo esse processo de busca. Estava decidido. Voltaria a Cianorte, aceitaria o emprego ofertado pelo fazendeiro em sua confecção como auxiliar de escritório e começaria a lutar novamente por meus ideais de onde parei.

  

 

 

 

 

EPÍLOGO

            Já se passaram nove anos desde aquele encontro sobrenatural que tive com o senhor Pacheco em um banco qualquer da rua XV, em Curitiba. Baseado na promessa de um tesouro profano, fui estimulado a buscar o tesouro oculto que todo homem tem dentro de si. Trata-se da centelha divina que trazemos dentro de nós que nos torna capazes de refletir aqui na terra uma pequena fração do poder e da glória do Grande Arquiteto do Universo. Descobri que é possível transformar nossa personalidade para melhor mediante o desenvolvimento de nossa espiritualidade. E que, mudando a nossa personalidade para melhor, tudo à nossa volta se torna também melhor. Exatamente como os velhos sábios ensinaram em escritos antigos, mencionados no livro do senhor Pacheco e em outros livros que li depois do dele. Diziam ter descoberto a pedra filosofal com a qual se pode transformar qualquer metal em ouro. Hoje percebo que estavam falando a verdade. Referiam-se a si próprios porque quando se lapida a alma com todo labor e persistência, eliminam-se as escórias de nossa personalidade, representadas simbolicamente pelos metais inferiores e surge lapidado o ouro espiritual ou a pedra filosofal dos antigos alquimistas. Ou ainda a pedra angular descrita na Bíblia, já que significam a mesma coisa. Quem puder entender entenda o que estou dizendo. Quem não compreender, deve estudar a ciência incomunicável a fim de se aperfeiçoar e encontrar o seu lugar na Grande Obra da Criação.

            Aqui termina a narrativa de minha experiência fascinante e edificadora iniciada nove anos atrás, quando saí em busca de um tesouro encantado e me tornei, ainda que de início sem saber, um verdadeiro alquimista da alma.

 

Assinado,

Paulo Roberto Pereira Dias

Empresário renomado no ramo das confecções, casado com Regina Souza Dias e pai da recém-nascida Cíntia Souza Dias, nesta cidade de Cianorte.

 

Fim

 

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