Templários
Os
Templários
Também chamada dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão, esta Ordem foi fundada em 12 de junho de 1118 em Jerusalém
por Hugo de Payens, Cavaleiro de Burgúndia, e Godofredo de Saint
Omer.
Balduíno II, rei de Jerusalém, alojou ambos e a mais sete
aderentes seus, perto do Templo de Salomão, originando-se daí a
denominação de Templários. Durante nove anos, seus membros
dedicaram-se somente a trabalhos sobre o plano metafísico, sem
participar nos combates e na política. Seria infantil, para alguns,
crer que a Ordem do Templo surgiu para defender Jerusalém, ou para
guardar o Santo Sepulcro, ou para proteger os peregrinos.
Os
historiadores mesmo não acreditam nessa versão, mas são obrigados a
se contentarem com as conjecturas, pois não puderam descobrir nenhum
documento sobre a Missão Esotérica da Ordem.
São
Bernardo de Clairvaux, fundador da Ordem Cirtecense, foi o patrono
dos Templários. Ele enviou uma carta a Hugo de Payens pedindo a
cooperação da Ordem para reabilitar os "ladrões e sacrílegos,
assassinos, perjúrios e adúlteros", porém que estivessem dispostos a
se alistar nas fileiras das Cruzadas pela liberação da Terra Santa.
Alentado assim por um dos mais influentes de sua época, Hugo de
Payens partiu em direção do Concílio de Troyes, na França, para
assegurar o reconhecimento de sua Ordem na Europa.
Ali
sob o patrocínio e proteção de S. Bernardo apresentou a regra da
irmandade, que seguia até certo ponto a Regra da Ordem Cirtecense.
Mas a carta constitutiva da Ordem, que a estabeleceu
definitivamente, só lhe foi outorgada em 1163 pelo Papa Alexandre
III.
Em
seu período áureo, foi constituída de vários graus. A sua seção mais
importante foi a dos Cavaleiros, por sua feição militar. Em sua
recepção, juravam observar os três preceitos de pobreza, castidade e
obediência, tal qual os membros das demais Ordens da Igreja. Em
geral descendentes de alta estirpe, os Cavaleiros tinham direito a
três cavalos, a um escudeiro e duas tendas. Aceitavam-se também
homens casados, mas sob a condição de legarem à Ordem metade de suas
propriedades, e não se admitiam mulheres. Depois vinha um corpo de
Clérigos, incluindo Bispos, Padres e Diáconos, sujeitos aos mesmos
votos dos Cavaleiros, e que por especial dispensação não rendiam
obediência a nenhum superior eclesiástico ou civil, a não ser o
Grão-Mestre do Templo e ao Papa. Instituiu-se que as confissões dos
irmãos da Ordem deviam ser ouvidas somente por clérigos especiais, e
assim permaneciam invioláveis os seus segredos. Também havia duas
classes de Irmãos Servidores, os criados e os artífices. A
hierarquia administrativa da Ordem era formada pelo Grão-Mestre, o
Senescal do Templo, o Marechal como autoridade suprema em assuntos
militares, e os Comendadores sob cuja direção estavam as
Províncias.
A
influência dos Templários cresceu rapidamente. Combateram
valentemente em várias Cruzadas, e a mercê dos bens tomados de seus
inimigos vencidos, ou doados à Ordem, chegaram a ser grandes
financeiros e banqueiros internacionais, cujas riquezas tiveram o
seu apogeu em meados do século treze.
Os
reis da Europa depositavam seus tesouros e riquezas nas arcas dos
Templários e, no que não era incomum ocorrer, pediam até mesmo
empréstimos a Ordem.
Seu
papel preponderante na Igreja se pode avaliar pelo fato de os
membros da Ordem serem convocados para participar dos Grandes
Concílios da Igreja, tal como o de Latrão em 1215 e o de Lyon em
1274. Assim, não há dúvida que essa Ordem foi um dos repositórios da
Sabedoria Oculta na Europa, durante os séculos doze e treze, porém
seus segredos eram transmitidos tão-só a alguns de seus membros
selecionados. Em sua seção religiosa, as cerimônias de recepção eram
executadas sob estrito sigilo, e daí, naturalmente, a razão de lhe
haverem os leigos atribuído as mais horríveis práticas e histórias
infundadas.
Depois da tomada de Jerusalém pêlos Sarracenos (Muçulmanos
que, inclusive, nos períodos de trégua, negociavam com os
Templários, pois acreditavam ser prudente ter algum dinheiro
invertido com os cristãos para o caso de que os avatares da guerra
pudessem terminar em alguma espécie de pacto com os europeus ) em
1291, adveio a queda do Reino Latino; o quartel-general da Ordem foi
transferido da Cidade Santa para Chipre, e Paris passou à categoria
de seu principal centro na Europa. Por certo que esta derrota das
Cruzadas, em que o túmulo de Cristo caiu nas mãos dos "infiéis",
abalou a posição dos Templários, como das demais ordens militares,
mas ninguém poderia prever o seu fim brusco e trágico.
Conservando-se ainda poderosamente rica, credora do Papa e da
corte da França, suas posses passaram a ser avidamente cobiçadas.
Felipe IV, o Belo, necessitava prementemente de dinheiro e depois de
haver confiscado os haveres dos banqueiros lombardos e judeus e
tê-los expulso do país, volveu suas gulosas vistas para os
Templários. Como o Papa Clemente V devia sua posição em Avinhão às
intrigas do rei, foi fácil a sua aquiescência. Essa macabra tarefa
foi muito ajudada pelo ex -cavaleiro Esquieu de Floyran, o qual,
pessoalmente interessado na desmoralização da Ordem, contra ela
levantou as mais duvidosas acusações. Essas acusações foram
sofregamente aceitas por Felipe IV, que, numa sexta-feira, 13 de
outubro de 1307, mandou prender todos os Templários da França e o
seu Grão-Mestre, Jacques De Molay, os quais, submetidos à
Inquisição, foram por esta acusados de hereges.
Por
meio de inomináveis torturas físicas, infligidas a ferro e fogo,
foram arrancadas desses infelizes as mais, contraditórias
confissões. O Papa, desejoso de aniquilar a Ordem, convocou um
concílio em Viena, em 1311, com esse fim, mas os Bispos se recusaram
a condená-la à revelia; conseqüentemente, o Papa convocou um
consistório privado em 22 de novembro de 1312, e aboliu a Ordem,
conquanto admitindo a falta de provas das acusações. As riquezas da
Ordem foram confiscadas em benefício da Ordem de São João, mas é
certo que a grossa parcela francesa foi adjudicada aos cofres do rei
da França, Felipe, o Belo. A tragédia atingiu seu ponto culminante
em 14 de março de 1314, quando o Grão-Mestre do Templo, Jacques De
Molay, e Godofredo de Charney, preceptor da Normandia, foram
publicamente queimados no pelourinho diante da catedral de Notre
Dame, ante a turba, como hereges impenitentes.
Diz-se que o Grão-Mestre, ao ser envolto e devorado pela
pira, ele voltou a cabeça em direção ao local onde se encontrava o
rei e imprecou: "Papa Clemente, cavaleiro Guilherme de Nogaret, Rei
Felipe...
-
Convoco - os ao Tribunal dos Céus antes que termine o ano, para que
recebam vosso justo castigo. Malditos... Malditos... Malditos...
Sereis malditos até treze gerações...".
E
de fato, antes de decorridos doze meses, ambos os intimados estavam
mortos.
Em
Portugal, o rei D. Dinis não aceita as acusações, funda a Ordem de
Cristo para qual passam alguns Templários. Na Inglaterra, o rei
Eduardo II, que não concordara com as ações de seu sogro Felipe,
ordena uma investigação cujo resultado proclama a inocência da
Ordem. Na Inglaterra, Escócia e Irlanda os Templários
distribuíram-se entre a Ordem dos Hospitaleiros, monastérios e
abadias. Na Espanha, o Concílio de Salamanca, declara unanimemente
que os acusados são inocentes. Na Alemanha e Itália a maioria dos
cavaleiros restou em liberdade.
No
entanto, a destruição da Ordem não acarretou a supressão completa de
seus ensinamentos mais profundos. A sua mística permaneceu viva
através dos seis séculos e meio as fogueiras de Notre Dame, palpita
indubitavelmente no corpo e no espírito da Maçonaria e da Ordem De
Molay.
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