LEXICONVOCABULÁRIO DE FILOSOFIA (ou quase...)Coordenação de A.R.Gomes |
JOGRAL
Executor (geralmente de baixa condição)
da poesia trovadoresca,
que divulgava, cantando de corte em corte e de castelo em castelo, em troca de
remuneração.
Ver Cantigas.
Algumas datas importantes: Em 1945
foi proclamada a República Popular Federal da Jugoslávia, com J. Tito como
primeiro-ministro. Em 1948 rompe com a URSS e sai do Kominform. Após a morte
de Tito (designado presidente vitalício em 1974) em 1980, a lenta
democratização do país permitiu o recrudescimento do nacionalismo nas diversas
repúblicas federadas. Em Junho de 1991 a Eslovénia e a Croácia proclamam a
independência; segue-se a guerra. Em Setembro a Macedónia proclama a
independência. Em Novembro a Comunidade Europeia adopta sanções contra a
Sérvia e o Montenegro. Em Abril de 1992 a CE reconhece a independência da
Bósnia e começa a guerra nesta República. Em Maio a ONU impõe um embargo e
sanções políticas à Sérvia e ao Montenegro. Em Setembro, a Jugoslávia é
expulsa da ONU. Em Novembro de 1993 inicia funções o Tribunal Penal
Internacional para a ex-Jugoslávia. Em Agosto de 1995 o exército croata toma a
Krajina (enclave sérvio da Croácia, autoproclamado independente). Em Setembro
a NATO lança uma ofensiva contra as posições sérvias na Bósnia. Em Novembro
são assinados os acordos de Dayton para a paz na Bósnia. Em 1999 a NATO inicia
bombardeamentos no Kosovo.
O Canto guardou para a história a
lembrança da guerra
da NATO contra a Jugoslávia; os bombardeamentos no Kosovo começaram em
Março de 1999, tendo a guerra acabado com a retirada dos sérvios em Junho do
mesmo ano. Tratou-se de uma intervenção muito polémica: os reflexos das várias
opiniões encontram-se no "dossier" para o qual remete a hiperligação deste
parágrafo.
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Outubro de 2000. A imprensa portuguesa considera que no dia 5 começou uma nova era na Sérvia: Voijislav Kostunica, vencedor das eleições presidenciais da Jugoslávia falou ao seu país "libertado" e proclamou-se Presidente da Federação Jugoslava. A votação tinha decorrido a 24 de Setembro e, na sequência de ter sido convocada uma segunda volta, a oposição apelou à desobediência civil, mais de 200 mil manifestantes desceram às ruas (5/10), foram realizadas greves... O Parlamento e outras instituições do regime caíram nas mãos da oposição. O presidente deposto, Slobodan Milosevic (eleito Presidente da Sérvia em Novembro de 1989, reeleito em Dezembro do ano seguinte e em Dezembro de 1992 e Presidente da Jugoslávia em Julho de 1997) acabaria por aceitar a derrota (6/10). Em Portugal, há quem compare os acontecimentos neste país ao 25 de Abril português. Em Editorial do diário DN sublinha-se o facto de "a revolução de Belgrado" coincidir com o 5 de Outubro da nossa República. |
||| O conceito de juízo é
uma das noções básicas de lógica incluídas no programa (2001/02) de
Introdução à Filosofia do 11º ano (unidade
lógico-argumentativa)
||| O texto Kant:
apriorismo e criticismo distingue juízos analíticos e juízos
sintéticos.
No 2º vol. da
sua História da
Literatura Portuguesa (p. 570ss), A. J. Barreiros distribui as obras do
escritor por 3 fases:
a) Fase do realismo especulativo,
caracterizada por um panteísmo
pampsiquista em embrião [Duas Páginas dos 14 Anos (1864); Mysticae
Nuptiae (1866); Vozes sem Eco (1867); Baptismo de Amor
(1868)] e uma agitação social, também em embrião [A Vitória da França
(1870); Espanha Livre (1873)].
b) Fase da agitação social,
em que vai "assestar a sua artilharia contra três baluartes que julga
responsáveis pelos males da terra: a sociedade, a religião, a
monarquia": A Morte de D. João (1874) [um poema em que pretendeu
mostrar "o interior podre do amor romântico, de exterior tão lindo e
enganador"]; O Crime (1875); A Velhice do Padre Eterno (1885)
["um rosário de blasfémias"]; Finis Patriae e Canção do Ódio (1891);
Pátria (1896) [um poema que é todo "um insulto ao rei D. Carlos, a quem
dirige os piores vitupérios"].
c) Fase do lirismo cósmico, cujas
obras "respiram amor e compreensão do mundo": A Musa em Férias (1879)
[uma colectânea de poesias que sobretudo canta "a beleza das crianças, lastima
a pedagogia das escolas portuguesas, fala no amor e foca mil particularidades
da vida humana em contacto com os animais, as árvores, o dia a dia, as praias,
o cemitério, etc."]; Os Simples (1892) [outra colectânea de "belezas
poéticas" que "evocam um mundo de criaturas humildes e boas, todas impregnadas
de resignação e de amor cósmico"]; Oração ao Pão (1903) ["uma bela
alegoria forjada com as seguintes metáforas: Humanidade - a seara de Deus;
Homens - os grãos de trigo; Destino - a mó que tritura"]; Oração à Luz
(1904) [que canta "a luz e a sua acção nos seres sem vida, nas árvores,
nas feras, nos olhos humanos e até nas almas"]; Poesias Dispersas
(1920).
A. J. Barreiros aponta a G. Junqueiro, como principais defeitos, a) a falta de originalidade; b) o exagero e a superficialidade na crítica social; c) a falta de propriedade e de lógica na expressão. Como qualidades, a) a grande facilidade versificadora e rítmica, sobretudo nos hendecassílabos; a musicalidade da linguagem, por vezes, fascinante; b) a invenção de imagens; c) a construção frequente de alegorias e símbolos para representar ideias; d) a mordacidade e o sentido agudo da caricatura.
Sobre a
importância do Princípio da Justiça na avaliação das questões bioéticas,
ver o texto Os "Bebés-Proveta"
e a filosofia. Ver ainda o texto A
Guerra [a doutrina da guerra justa]
[Actualização a
02/02/26]
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